Astro que deixou a Globo viu jogador da Seleção cheirando cocaína em bar

07/08/2023 às 11h23

Por: Caio Yokota
Tino Marcos (Reprodução / Web)
Tino Marcos (Reprodução / Web)

A vida de repórter é feita por muitos perrengues que, no fim, se transformam em experiências para contar. E memórias para dividir não faltam para Tino Marcos. Com 35 anos de Rede Globo, o repórter coleciona milhares de coberturas durante a sua carreira.

Tino Marcos (Reprodução / Web)

Durante a sua trajetória, o experiente jornalista viu a história do esporte ser escrita de perto. Em algumas vezes, ele fez parte do enredo, como na Copa do Mundo de 2002, quando cobriu a Seleção Brasileira.

Contudo, nem só de grandes eventos vive um repórter. Em entrevista ao The Noite em 17 de maio de 2022, Tino Marcos revelou que flagrou um jogador brasileiro cheirando cocaína em um bar.

“Eu vi um jogador cheirando cocaína. Jogador do Brasil. Eu estava em um bar, em que os jogadores também estavam — eles estavam de folga naquela noite. Em um momento que eu fui ao banheiro, a cabina não estava bem fechada. Quando entrei, o cara me olhou e ficou com os olhos grandes. Recuei”, iniciou a história Tino.

Tino nota 10

Tino Marcos e Danilo Gentili no The Noite

Tino Marcos e Danilo Gentili no The Noite (Divulgação / SBT)

Ainda no talk show apresentado por Danilo Gentili, Tino Marcos contou como reagiu à cena e que o atleta o agradeceu por ele não revelar sua identidade na mídia.

LEIA TAMBÉM:

“Fiquei bastante [chocado]. Nunca imaginava isso em uma grande competição no Brasil. Ele me agradeceu depois. Eu não revelei isso para ninguém na época, foi uma coisa muito contida. Ele percebeu e falou: ‘Você foi um cara muito 10, obrigado’. Ele teve muitos problemas na carreira depois”, declarou Tino.

Ainda na mesma conversa, quando questionado sobre os técnicos que passaram pela Seleção Brasileira, o repórter afirmou que a “Era Dunga” foi um pesadelo para os jornalistas.

No entanto, segundo ele, o treinador que impôs mais dificuldades durante a cobertura da seleção foi Vanderlei Luxemburgo.

Vanderlei Luxemburgo na Seleção Brasileira

Luxemburgo no comando da seleção (Reprodução / Web)

“Vanderlei Luxemburgo [foi o mais difícil de trabalhar]. Nunca tive nada contra ele, mas ele achava que eu tinha. Ele dizia que, com ele, eu só usava caneta vermelha, para escrever críticas”, finalizou o ex-Globo.

O pior pesadelo

Tino Marcos e Léo Batista

Tino Marcos e Léo Batista (Ronaldo Gonçalo / Globo )

O ex-Global tornou a citar Dunga em outra entrevista, dessa vez para o Flow Sport Club, no dia 9 de maio de 2022. Tino comentou sobre sua extensa carreira empunhando o microfone da Globo, muitas vezes cobrindo a seleção canarinho.

“O Dunga foi o pior pesadelo, digamos assim, desses anos todos de quem cobre a seleção. Chegou num ponto em que a gente viajava no mesmo avião da seleção, na parte de trás, e antes os jogadores cumprimentavam e conversavam com a gente, mas eles passaram a abaixar a cabeça e sentar para que Dunga não os visse trocando ideia com a imprensa. Até o assessor falava que tinha que sair dali para Dunga não o ver falando com os jornalistas. Chegou nesse nível. Era um negócio além da conta”, revelou Tino Marcos.

De acordo com o eterno parceiro de Galvão Bueno, o ambiente entre a comissão e os jogadores era “horroroso e pesado” na Copa do Mundo de 2010.

“Acho que em termos de bola a primeira passagem do Dunga foi ok, ganhou a Copa América, a Copa das Confederações e foi eliminado para a Holanda na Copa. Agora, o ambiente era muito pesado. Eu vi jogadores e pessoas da comissão técnica falarem: ‘Se ganhar, beleza. Vou ganhar o meu bicho, entrar para a história… eu quero ganhar, mas quero ir embora disso aqui porque não aguento mais. O ambiente é horroroso, pesado’. Então, foi uma época triste para a seleção”, finalizou.

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.