Astro não se arrependeu de trocar Globo pela Band: “Feliz da vida”

29/07/2023 às 8h54

Por: Caio Yokota
Reginaldo Leme e Sérgio Maurício (Reprodução / Band)
Reginaldo Leme e Sérgio Maurício (Reprodução / Band)

Sérgio Maurício caminhava para completar 30 anos de Globo, quando, já meio desanimado com a carreira profissional, recebeu uma ligação com o DDD de São Paulo quando assistia a uma série com sua namorada. Mal sabia que ao atender o número desconhecido sua vida tomaria outro rumo.

Reginaldo Leme e Sérgio Maurício (Reprodução / Band)

O narrador estava no Grupo Globo desde 1993, quando foi contratado para fazer parte da equipe do Top Sport, antigo nome do SporTV. Entre o canal fechado e a TV aberta, o profissional coleciona transmissões dos mais diversos esportes, das lutas de Taekwondo até corridas de Stock Car.

Estranho no ninho

Sérgio Maurício e Roby Porto

Sérgio Maurício e Roby Porto (Reprodução / Facebook)

Mesmo após seis Jogos Olímpicos e cinco Copas do Mundo, o narrador se sentiu deslocado. Seu nome já não era frequente nas escalas e, apesar de realizado, aquele marasmo o incomodava.

Em uma extensa entrevista concedida ao UOL, no dia 24 de junho de 2023, o comunicador falou sobre como a ligação inesperada mudou sua vida e como voltou a se sentir vivo na Band.

“Era o Denis Gavazzi — diretor de esportes da Rede Bandeirantes. E nós nem falamos de dinheiro. Ele só me fez a proposta, explicou sobre o projeto da Fórmula 1 e outros esportes, disse que me queria como narrador e que meu nome era o principal. Aquele convite foi como se fosse uma redenção para mim”, lembrou o narrador.

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Felicidade incondicional

Sérgio Maurício na Band

Sérgio Maurício (Divulgação / Band)

Sérgio Maurício não pensou duas vezes para aceitar o convite do diretor da Band. Ele recordou durante a entrevista que o salário ficou em segundo plano, e nem pensou se teria que mudar de cidade, uma vez que morava no Rio de Janeiro.

“Morava no Rio, a 15 minutos do prédio da Globosat, ia de moto e tenho minha família lá. Mas eu troquei tudo. Não perguntei quanto iria receber, quais as condições, se eu ia ter que morar em São Paulo ou não. Troquei tudo para vir pelo projeto, porque a Fórmula 1 é a minha paixão. Pedi demissão e foi a melhor coisa que fiz na minha vida”, contou Maurício.

Além de ser o narrador principal da Fórmula 1, o locutor se sentiu em casa, como há tempos não sentia. De acordo com Sérgio, a diferença é que na Globo você faz parte de uma engrenagem, enquanto na Band “você é a engrenagem”.

“É sobre terminar uma transmissão e o teu chefe ligar para você: ‘Pô, cara, foi bom pra caramba. Eu acho que você pode não falar aquilo ali, mas olha, no geral foi muito bom’. E era uma coisa que eu pouquíssimas vezes tive quando eu trabalhei na Globo. Na Band existe uma cumplicidade quando você vai fazer uma transmissão”, pontuou o locutor.

Gratidão

Galvão Bueno

Galvão Bueno (Divulgação / Globo)

Durante o bate-papo, o número 1 da Bandeirantes ainda falou sobre sua admiração por Galvão Bueno, ex-colega de emissora, bem como revelou o seu sentimento de gratidão à Globo.

“A TV Globo me fez visitar 14 países. Eu fiz seis Olimpíadas, cinco Copas do Mundo, uma dezena de eventos espetaculares pelo Brasil e pelo mundo inteiro. Eu conheço o Brasil de ponta a ponta pela força do meu trabalho. Como eu disse, 14 países, e em alguns deles eu fui mais de uma vez. Lá, eu tive todas as oportunidades do mundo, mas as coisas são cíclicas, o mundo é cíclico. E os ciclos vão se passando, ciclos vão se fechando e vão se abrindo outros. Eu acho que é por aí”, declarou.

Entre conquistas e tombos, Sérgio Maurício está prestes a completar três anos de Bandeirantes. O narrador, ao lado de Reginaldo Leme e Mariana Becker, devolveram a emoção nas transmissões da maior competição do automobilismo.

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