Brasileiro virou ídolo do City após jogar somente 10 minutos pelo time

21/07/2023 às 15h34

Por: Caio Yokota

Revelado pelo Atlético Mineiro, o ex-zagueiro Gláuber ganhou destaque no Palmeiras em 2003, quando fez parte do elenco que trouxe o alviverde de volta à primeira divisão, ao lado de Vagner Love, Magrão e Marcos.

O jogador deixou o time em 2005 para jogar no alemão Nuremberg, clube no qual conquistou a Copa da Alemanha. Depois, partiu para Inglaterra, dessa vez para vestir as cores do Manchester City.

Quando Gláuber chegou ao clube, a boa fase que perdura até hoje estava iniciando. Foi na temporada 2008/09, quando o Sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan havia acabado de comprar o time e trouxe nomes como Elano, Robinho, Jô e ele, Gláuber.

Jô em apresentação no Manchester City

Jô em apresentação no Manchester City (Divulgação)

Ele atuou por apenas 10 minutos contra o Bolton no último jogo da temporada, porém já foi o suficiente para que o zagueiro se tornasse um “ídolo alternativo” da torcida, que reconhecia seu esforço e via no brasileiro um exemplo de como se comportar sendo um citizen.

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“Berti, Berti, Berti”

Gláuber no Manchester City

Gláuber no Manchester City (Reprodução / Web)

Gláuber era chamado pelos fãs por seu sobrenome, Berti. Em entrevista à ESPN no dia 7 de abril de 2020, o ex-zagueiro relembrou sua passagem pelo clube inglês e o carinho dos torcedores.

“Eu virei um ídolo cult dos caras (risos). Os torcedores até me apelidaram de ‘The Invisible Man’ [O Homem Invisível], porque eu ia para o banco na maioria dos jogos e não entrava”, recordou Gláuber.

O ex-Palmeiras comentou que os treinos eram abertos para a torcida, que viam a dedicação do zagueiro e sua seriedade durante a preparação para os jogos.

“A torcida que ia aos treinos via que eu me esforçava, mas quando parecia que eu ia jogar não dava certo. Passaram a questionar muito o técnico sobre isso. A pressão foi tão grande que ele acabou me colocando (risos). Foi maravilhosa a festa, lembro até hoje. Era uma puta bagunça sempre que eles me viam, sempre pediam para tirar foto, é demais! Até hoje se você falar meu nome lá eles lembram de mim”, relatou Gláuber,

O jogador finalmente estreou com a camisa dos citizens no último jogo da temporada, contra o Bolton.

“Mal o juiz apitou e os caras começaram a gritar ‘Gláu-ber Ber-ti’, aí o técnico olhava pra mim e dava risada, ele sabia que ia ter que me colocar. E eu esperava ansioso, a todo minuto pensava que era minha hora. E aí eu entrei (risos)! Fiquei feliz demais, pois treinei muito duro para chegar àquele momento”, contou com sorriso aberto o ex-zagueiro.

Se arrependeu?

Glauber (Reprodução / Web)

Gláuber revelou que tinha a opção de continuar na Inglaterra, mas, com poucas oportunidades, preferiu retornar ao Brasil.

“Eu tinha contrato de um ano e eles até queriam renovar, mas eu não podia ficar mais um ano sem jogar, precisava sair. Não queria ficar lá só para ganhar dinheiro. Não digo que me arrependo, porque não dá para medir as consequências de nada”, contou Gláuber.

No Brasil, o defensor continuou vestindo azul, o azulão do ABC: o São Caetano foi quem repatriou Gláuber, onde o jogador permaneceu por duas temporadas.

Depois de deixar o São Caetano, o atleta se aventurou na Romênia, onde defendeu o Rapid Bucuresti. Após a breve volta ao velho continente, Gláuber jogou pelo Columbus Crew, dos Estados Unidos, seu último clube.

Hoje, o ex-zagueiro está no Nacional Atlético Clube (SP), como coordenador técnico, comandando o futebol da tradicional equipe paulista.

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